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Uma resenha sobre o artigo Vulnerabilidade sociecológica e o risco de emergencia de doenças zoonóticas no Brasil

O artigo vulnerabilidade socioecológica e o risco de emergência de doenças zoonóticas no Brasil, de 2022, publicado na researchGate, de autoria de Gisele Winck, Hugo Fernandes-Ferreira, Rafael L. G. Raimundo ePaulo Sergio D’Andrea, terá acesso a certos grupo de alunos e professores, dificilmente alunos de ensino médio ou graduação. É notório que o acesso aos bons artigos na língua estrangeira, são direcionados por instituições e professores com alto nível de conhecimento, o que proporciona o compartilhamento de eventuais pesquisas atuais relevantes e de informação pública.

Abordagens do artigo

O assunto em questão do artigo, aborda a complexa relação entre fatores socioeconômicos e ambientais que contribuem para o aumento do risco de surgimento de doenças zoonóticas. Vale ressaltar que essa relação é influenciada por diversos fatores, todavia o desordenamento urbano, o aumento das atividades agrícolas, , o aumento do desmatamento, diversas degradações ambientais frente à necessidade humana desplanejada, sem monitoramento, sem a aplicabilidade na prática do previsto das legislações atribuída também a ausência de corpo técnico nesses lugares e o poder socioeconômico e políticas públicas que permitem a continuidade dos desmatamentos, resultando em contribuir além da mudança natural no meio ambiente com mais aumento das mudanças climáticas, além das práticas inadequadas de criação e comércio de animais não somente no Brasil, mas no mundo há milhares de anos.

Os pontos interessantes sobre o artigo consiste nas abordagens sobre os reveses ambientais recentes que desencadeiam as vulnerabilidades ecológicas e socioeconômicas que entre si convergem para o aumento drástico de altos risco de surtos de doenças infecciosas emergentes e ressaltam que diversos estudos já citaram que patogenos mortais podem emergir da amazônia se a continuidade dos impactos ambientais degradantes continuarem.

Emergências sobre doenças zoonoticas

Zoonoses, são doenças que podem ser transmitidas tanto de seres humanos para os animais quanto dos animais para os seres humanos devido a exposição da quebra do habitat natural dos animais com as acoes antropogênicas dos seres humanos para fins de urbanização. Interessante o levantamento sobre a necessidade de prever a emergência de doenças zoonóticas (DZ) pois através deste levantamento é possível  compreender como as pressões antrópicas sobre os ecossistemas e a vulnerabilidade social associada promovem riscos decorrentes do contacto entre humanos, prova disso é o resultado de grandes desmatamentos e a expansão de malárias e leishmaniose e surtos e doenças zoonóticas que circulam em mamíferos terrestres silvestres tolerantes de presença humana e que podem se tornar agentes epidêmico.

Todos os animais um dia foram “caça” desde que mudou a forma de alimentação humana, houve a exposição e diversas mudanças biológicas em todos os seres vivos. Espécies de caça citadas no artigo sobre reservas indígenas ou caboclos podem contribuir no impacto das regiões desses animais mamíferos caçadores e sugerem a presença da vigilância sanitária para fins de garantir uma segurança alimentar, na prática a sugestão é boa, porém sabemos que aplicar é uma realidade distante, uma vez que os próprios consumidores após o conhecimento, em sua grande maioria não tem interesse sobre as normatizações. Esses animais isolados em reservas naturais  expostos as  atividades antrópicas, sofrerá as vulnerabilidades socioecológicas, com o aumento dos agroecossistemas antropogênicos os animais serão atraídos em busca de alimento e por conta disso o convívio com os humanos. 

Pertubações da biota e flexibilidade das leis ambientais

A Biota em sua originalidade cresceu em diversas regiões por diversos fatores possíveis nos ciclos biológicos, uma vez que mudanças naturais porém com mais pesar as antrópicas, iniciam-se as perturbações desses ecossistemas resultando em comportamentos desconhecidos, o que era equilibrado naquela biota específica entrará em contato e a transmissibilidade ocorrerá e cada ser vivo reagirá individualmente afetando os seres em redor de cada região, ocasionando a ampliação de patogenicidades tornando estes os vetores principais da nova dispersão ocasionada.

Flexibilidade das leis

Além de todas as evidências científicas sobre o meio ambiente, a flexibilidade das  leis ambientais é a realidade que vivenciamos em nosso planeta onde as políticas públicas com a autoridade que possuem são capazes de desconsiderar estudiosos que há anos dedicam suas vidas e informam as autoridades sobre os acontecimentos se não forem guardiões das florestas e manter o equilíbrio para a sobrevivência humana iremos nos autodestruir.

Os interesses de cada ser humano em causar grandes danos ao meio ambiente, nem tudo é sobre os políticos. pois para garantir uma boa saúde pública, devem ser aplicados programas educativos em escalas menores (níveis individual, familiar e comunitário) para informar a população brasileira sobre os riscos associados às diversas formas de contato direto e indireto entre homem e animais selvagens e como para evitá-lo.

Costumes culturais e vírus

Todos os seres humanos forma pegos de surpresa com um vírus desconhecido que vinha atuando em outro continente, silenciosamente por atividades de comerciante com venda de diversos tipos de animais selvagens, com as possíveis justificativas de necessidades humanas em prol de captação de recursos para o sustento de suas famílias, existia tanta fome a ponto de ser inevitável?

Fomos expostos, animais contaminados contaminaram humanos e com as mobilidades humanas em diversas regiões do mundo não demorou muito para o vírus ser o maior vilão de perda de muitas vidas e da  privação social, as políticas não estavam preparadas para salvar vidas em tão pouco tempo, porém, foram os políticos que desencadearam essas contaminações ou foram os homens com seus costumes culturais em busca do novo para saciar os apetites humanos?

Sobre o estudo e conclusão

O estudo consistiu na avaliação anual a partir dos dados sobre variáveis relevantes para surtos de ZD com base no protocolo INFORM para avaliação de risco de crises e desastres humanitários. Os resultados estão positivamente associados à perda de vegetação, de 27 estados apenas 8 estão sob baixo risco de surtos zoonóticos como as regiões do sul e citam que esse fator de baixo risco é devido a conectividade e acessibilidade aos centros urbanos e acesso à saúde.

Todavia, visando a saúde humana, pode ser positivo, todavia do ponto de vista do equilíbrio do meio ambiente, essas regiões não estão isentas de negativamente serem os contribuidores e causadores de diversos impactos ambientais desequilibrando todas as regiões do Brasil.

A previsibilidade de riscos zoonóticos e seus desfechos no Brasil é um desafio por diferentes razões que envolvem a parte socioeconômico e antropogênica.  Na pesquisa é reforçado de que os principais surtos e epidemias de doenças no Brasil foram causados por patógenos introduzidos no país como a e dengue e febre amarela e que todas as regiões do Brasil estão sujeitas a riscos zoonóticos emergentes da biota nativa, porém importante frisar que esses riscos são maiores na floresta amazônica.

Existe a necessidade da vigilância e monitoramento de patogenos, bem como a emergência com urgência no monitoramento referente aos riscos zoonóticos em regiões megadiversas sob crescente degradação socioecológica, deve ser dada a atenção aos índices de riscos zoonóticos. 

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